Ser Psicólogo é...

Ser Psicólogo é uma imensa responsabilidade, uma notável dádiva. Recebemos o dom de usar a palavra, o olhar, as nossas expressões, e até mesmo o silêncio. O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar. Ser Psicólogo é um ofício tremendamente sério, é um grande privilégio, pois tocamos no que há de mais precioso e sagrado em um ser humano: seus segredos, seus medos, suas alegrias, prazeres e inquietações.

(Walmir Monteiro)

terça-feira, 20 de março de 2012

TRANSTORNO BIPOLAR É GRAVE E ATINGE PRINCIPALMENTE OS JOVENS!!!

Uma hora você esta muitoooooo alegre, e logo depois você fica muitooooo triste, desanimada, irritada, sem vontade de fazer nada... Você conhece alguém assim???? Você já se sentiu assim alguma vez???
Esta alteração de humor pode ser o que chamamos de Transtorno Bipolar, uma doença grave que atinge principalmente os jovens... porém é preciso tomar cuidado para não generalizar....  como assim generalizar?!?!... Eu já escutei muitos amigos e pessoas ao me redor utilizarem a expressão Transtorno Bipolar de uma forma popular errada, geralmente é assim: hoje “eu estou bipolar”, se referindo a uma alteração de humor normal, que nós todos temos diante das circunstancias da vida, diante às vezes do nosso cansaço ou de alguma situação especial... Já o Transtorno Bipolar claramente como o nome já diz é um “TRANSTORNO”... é uma DOENÇA...  vou fazer um breve resumo sobre suas características, causas e tratamento... Fique a vontade para comentar, criticar, tirar dúvidas e compartilhar... BOA LEITURA!!!!

SOBRE O TRANSTORNO

O Transtorno Bipolar apresenta  episódios de mania (estado de excitação grande/euforia), alternados com episódios depressivos e de irritabilidade. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas, ou seja, a bipolaridade se manifesta de varias formas, e às vezes aparece de uma forma mista, alterando entre e euforia, depressão e irritabilidade.  Entre uma fase e outra a pessoa pode ser normal, tendo uma vida como outra pessoa qualquer, já outras pessoas podem apresentar leves sintomas entre as fases, não alcançando uma recuperação plena. Há também os pacientes, uma minoria, que não se recuperam, tornando-se incapazes de levar uma vida normal e independente. A bipolaridade maneira geral aparece entre os 20 e 30 anos, os homens  mais frequentemente logo após os 20 anos e as mulheres mais perto dos 30 anos, pode acontecer manifestações mais tardias, porém é raro.

SINTOMAS

Na fase depressiva a pessoa em geral fica quieta, distante e triste. Apresenta uma inibição das atividades e pode chegar  até a inércia total, apresentando inclusive lentidão psicomotora. A capacidade física fica  comprometida, pois o indivíduo sente um cansaço  constante. O humor é melancólico  e  a auto-estima rebaixada. O  indivíduo tem sentimentos  de inferioridade. Em geral é uma pessoa pessimista e desesperançada, não consegue manter a concentração e a atenção. Há muito pouco interesse  pelas coisas em geral, e  o prazer pela realização dos objetivos de vida,  que antes eram agradáveis, desaparece. Na medida em que o processo torna-se mais grave, o sujeito evita  estabelecer laços afetivos de qualquer natureza.  Lamentos  são freqüentes e a irritabilidade, mais forte, também acontece devido a uma diminuição da paciência. No dia a dia há sérias dificuldades  para adormecer. Quando consegue dormir, entretanto, o indivíduo  dorme mal e de forma agitada. Ao amanhecer, há uma inquietação que o impede  de levantar-se, mas ele não consegue ficar na cama. Mas o oposto também pode ocorrer, ou seja,  sono em demasia. Essa é uma forma de fugir da realidade, e é mais comum em adolescentes.  Há uma diminuição do apetite, com perda acentuada de peso ou, como no sono,  ocorre o oposto, há um ganho excessivo de peso. A libido ou, desejo sexual, fica reduzida.

Na fase de mania (eufórica) geralmente a pessoa é agradável, disposta e  excessivamente alegre. Sente-se invencível, acha que nada poderá detê-los. São hiperativos, não conseguem ficar parados, sentados por mais do que alguns minutos ou relaxar. O senso de perigo fica comprometido, e eles envolvem-se em atividades que apresentam tanto risco para sua integridade física, como patrimonial. O comportamento sexual fica excessivamente desinibido e, mesmo, promíscuo tendo numerosos parceiros num curto espaço de tempo. A maneira de falar, geralmente, se dá em tom de voz elevado, cantar é um gesto freqüente nesses pacientes. Tem elevação exagerada da auto-estima, sentimentos de grandiosidade que podem chegar a uma manifestação delirante de grandeza, onde o individuo sente-se uma pessoa muito especial. Em muitas situações o indivíduo  considera-se uma pessoa  dotada de poderes e capacidades especiais. Não há limites a serem respeitados, ou barreiras que impeçam qualquer ação, o que faz com que se tornem pessoas socialmente inconvenientes. Exerce suas atividades de forma acelerada e até mesmo caóticas. Não conseguem considerar a opinião dos demais. Eles sabem tudo, se metem em tudo, sabem fazer qualquer coisa, resolvem todos os problemas e têm as melhores idéias. A pessoa fala  ininterruptamente, as idéias ocorrem rapidamente, a ponto deles  não conseguirem concluir o que começaram, muitas vezes emenda uma idéia não concluída em outra diferente e assim, sucessivamente. Ou seja, pacientes nesta fase tem sentimento de estar no topo do mundo, com uma alegria e bem, estar inabaláveis, nem mesmo más notícias, tragédias ou acontecimentos horríveis diretamente ligados ao paciente, podem abalar o estado de humor. Nessa fase o paciente literalmente ri da própria desgraça.

CAUSAS

Tem origens genéticas e a causa propriamente dita é desconhecida. Geralmente o transtorno bipolar é desencadeado por algumas das diversas condições estressantes que ocorrem na vida,  como traumas, acidentes, mudanças, quebras financeiras, troca de emprego, perda de status social, separações, morte de pessoa querida etc.

TRATAMENTO

Por não tem uma causa completamente definida , não falamos em cura, porém tem uma estabilidade,  e o tratamento tanto psicológico quanto medicamentoso, não visa só melhorar a crise, mas sim impedir que ela se manifeste, pois é uma doença que tem tendência a recaída. Pacientes com este tipo de transtorno podem ou não perceber as alterações de humor e os sintomas, por isso cada vez mais valorizamos o papel fundamental da família, pois a Bipolaridade é vista como uma doença que se espalha no seio familiar, com um poder desestruturante não apenas para o doente, como também para aqueles que o cercam mais intimamente. Enquanto um membro familiar padecer de bipolaridade, todos, de alguma forma, estarão implicados em seus efeitos. A Psicoterapia vem em auxílio à família com o objetivo de melhor orientá-la na forma de lidar  com o paciente Bipolar, como também em reestruturar-se diante dos conflitos. Sendo assim, o apoio psicoterápico o auxiliará não apenas durante a crise, mas também no estabelecimento de uma “qualidade de vida” que restabeleça seu equilíbrio e o torne menos suscetível a novas crises.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

"Por que as pessoas mentem????"

Oi gente, me diz uma coisa você já MENTIU???? sim???? não???? por que??? .... ta ai um assunto complicado e com diversas opiniões... "a MeNtiRa"... Será que mentimos tantas vezes para o outro não sofrer ou porque achamos ser a solução mais fácil comparada com a verdade????? O que leva uma pessoa a trocar a segurança da verdade pela instabilidade da mentira???? O que move o ser humano em direção ao desconhecido se existe a opção por um caminho direito???? A mentira é usada para evitar sofrimento, mas acaba gerando um desgaste, e por isso deve ser evitada.... 
Vale a pena refletir sobre e aproveitar para refazer planos, repensar seus valores, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz em 2012... Boa leituraaaaa!!!!

A mentira tem pernas curtas

Dizemos que a mentira tem pernas curtas porque sabemos que ela não costuma ir muito longe. Cedo ou tarde, ela cambaleia, tropeça e acaba sendo alcançada pela verdade. Isso acontece por, pelo menos, dois motivos: primeiro, porque quando mentimos fazemos mais esforço do que quando dizemos a verdade, em função do dilema moral envolvido, ainda que inconsciente. Segundo porque, quando precisa ser repetida, a mentira perde força, sendo contaminada por fragmentos da verdade ou por outra mentira, pois sua base não é a realidade, e sim a ficção. Mentir significa "inventar" uma verdade que não existe. A mentira começa com a pessoa, a verdade é anterior a ela.
Mas, afinal, por que mentimos?

A psicologia explica a mentira pelo mecanismo de defesa, a sociologia pela busca do poder, a filosofia pela imperfeição humana e a religião pela compulsão ao pecado. As explicações, entretanto, quase nunca justificam a mentira ou desculpam o mentiroso.

Mecanismo de defesa

Desde a infância mentimos para nos isentar de culpas ou para alcançar o que queremos. Estudos indicam que apenas até os 3 meses de idade um bebê é incapaz de mentir. Após essa idade, aprende a se utilizar artifícios para chantagear seus pais.

A mentira pode ocorrer de maneira consciente ou inconsciente. Em sua forma inconsciente, acontece um processo denominado pela psicologia de mecanismo de defesa, que pode ser de três tipos: negação, projeção e introjeção. Negamos as sensações dolorosas, como se não existissem. Projetamos nos outros, ou nas coisas, fatos nossos que nos são repugnantes. Introjetamos objetos de desejo, que podem ser coisas ou pessoas, como se fossem nossos.

Já a "mentira justificada" tem como objetivo esconder ou falsear fatos, buscando o bem para nós mesmos e para nossos semelhantes. Contudo, se a prática da mentira não envolver o hábito, a perversidade e a hostilidade, e se não deixar seqüelas, ela pode ser útil e até necessária.

Realidades subjetivas

Mas, veja bem, mesmo sabendo que qualquer interpretação da realidade é subjetiva, isso não serve como desculpa para sair por aí contando mil e uma fábulas. A mentira consciente é aquela em que sabemos que estamos dando uma indicação contrária a essa realidade que percebemos. Quando mentimos, sabemos que estamos mentindo. Isso faz toda a diferença, por que é nesse momento que temos a possibilidade de escolher se queremos faltar com a realidade ou não.

Seria uma grande mentira dizer que você nunca mais mentirá, pois você é um ser humano. E a mentira é um desses defeitos "excessivamente humanos" - como diria Nietzsche. Mas, como ser humano, é possível cultivar o hábito de sempre se observar para constatar se sua relação com a verdade e com a mentira é saudável o suficiente para que você mantenha uma boa relação consigo mesmo. Sem se enganar.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Injeção que pode tratar esquizofrenia chega ao Brasil neste mês....

Pra quem tem interesse em saber sobre a evolução do tratamento da esquizofrenia segue uma reportagem da folha.com .... É a medicina avançando e trazendo benefícios.... Fiquem a vontade para ler, comentar e compartilhar... talvez esta informação não tenha importância pra você, mas pode ter para um amigo(a).... Boa leitura!!!!


Uma injeção que precisa ser tomada apenas uma vez por mês chega ao mercado brasileiro em dezembro e pode ajudar a contornar um dos principais problemas do tratamento da esquizofrenia: o abandono da medicação.


"Muitas vezes o paciente não se dá conta de que está doente e corta a medicação. Uma alternativa que diminua a frequência de remédios ajuda na aderência e no controle da medicação", diz Helio Elkis, coordenador do Programa de Esquizofrenia do Hospital das Clínicas da USP.
Aprovado em junho pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o palmitato de paliperidona é o que se chama de antipsicótico --um remédio que ajuda a prevenir distúrbios característicos da doença.
Um levantamento feito pelo Instituto de Psiquiatria do HC revelou que cerca de 50% das pessoas com esquizofrenia abandonam a medicação após um ano do início do tratamento.
Essa interrupção pode agravar os sintomas da doença e favorecer o acontecimento de surtos psicóticos.
Além dos fatores psicológicos, os muitos efeitos colaterais da medicação também são apontados como razão para que os pacientes abandonem os remédios.
Os remédios, sobretudo os mais antigos, podem desencadear desde aumento de peso até rigidez muscular e um quadro de tremores parecido com o do mal de Parkinson.
O excesso de saliva e a dificuldade de controlá-la, que deram o apelido pejorativo de "louco babão" aos afetados, derivam, na verdade, da medicação, e não são sintomas naturais do transtorno.
Para controlar esses efeitos indesejáveis, muitos pacientes usam conjuntamente outros medicamentos.

COQUETEL

Como no Brasil a maioria das pessoas com esquizofrenia toma antipsicóticos em forma de comprimidos diários, é comum que haja um verdadeiro "coquetel" de pílulas, facilitando o esquecimento e até o abandono da medicação pelos pacientes.
"Diminuir a quantidade de remédios é algo bom, mas eu diria que a maior vantagem do palmitato de paliperidona é a redução dos efeitos colaterais", diz Rodrigo Bressan, coordenador do Proesq (Programa de Esquizofrenia) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Embora menores, as reações adversas também acontecem com os usuários.
Um estudo com o remédio publicado na revista especializada "Schizophrenia Research" lista, entre outras coisas, ganho de peso, dores de cabeça e insônia.
Ainda assim, como em boa parte dos remédios recentes, esses efeitos foram menos intensos do que nos da primeira geração de antipsicóticos.

O TRANSTORNO

Os mecanismos que causam a esquizofrenia --transtorno que afeta cerca de 1% da população mundial, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)-- ainda não foram totalmente esclarecidos. Sabe-se, no entanto, que existe um componente hereditário forte.
Filhos de esquizofrênicos têm mais chances de desenvolver a doença, embora ela também apareça em pessoas sem histórico familiar.
O transtorno costuma se manifestar entre o fim da adolescência e o início da vida adulta. Em geral, os sintomas aparecem nas mulheres de forma um pouco mais tardia do que nos homens.
Além das manifestações mais conhecidas, como alucinações auditivas e visuais, pessoas com esquizofrenia podem apresentar diminuição da capacidade de raciocínio, abstração, perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas e quadros de depressão

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TDAH - Déficit de Atenção - Hiperatividade - Impulsividade

Olá.. hoje vou falar de hiperatividade... tenho recebido algumas perguntas sobre este assunto... e estas perguntas/dúvidas vem principalmente das escolas e de alguns pais...hoje em dia, uma criança "agitada" é facilmente classificada como TDAH...Boa leitura!!!!!

O TDAH - Déficit de Atenção - Hiperatividade - Impulsividade é uma síndrome (conjunto de sintomas) caracterizada por distração, agitação / hiperatividade, impulsividade, esquecimento, desorganização, adiamento crônico, entre outras. Pessoas com TDAH - Déficit de Atenção, Hiperatividade e Impulsividade tem dificuldade em manter a concentração, costumam ser agitadas e tem problemas para fazer as coisas até o final.
Encontrar este sintomas  em crianças e adultos é comum. Porém, quando se trata do transtorno, as queixas são  mais frequentes e muito intensos. Há diagnóstico e tratamento para TDAH, que pode prevenir e aliviar muitos sofrimento.

TDAH Infantil e TDAH Adulto

Em crianças, o TDAH prejudica a vida escolar, relacionamentos e convívio familiar. A distração pode prejudicar muito o desempenho e notas. Crianças com TDAH mais agitadas e impulsivas também tem problemas em fazer e manter amigos. Algumas parecem não escutar o que é dito ou pedido, não seguirem instruções, ficarem cansadas ou irritadas com facilidade.
No TDAH adulto, além de distração e hiperatividade mental, há desorganização, bagunça, esquecimentos, atrasos e adiamento crônico; podem não cumprir compromissos ou deixar atividades pela metade. Após anos, o TDAH rebaixar a estima, aumentando o risco de depressão, transtornos de ansiedade, abuso de substâncias e outros problemas.

TDAH: Diagnóstico - Como é feito? 

Como os sintomas do TDAH são muito comuns, seu diagnóstico é  bastante complexo. Ansiedade, depressão, stress crônico, problemas de aprendizagem e características de personalidade podem parecer TDAH. A ausência de exames específicos que possam dar uma resposta taxativa - se trata-se realmente de TDAH ou se queixas são devidas a outro problema - dificultam ainda mais conseguir respostas simples e rápidas. 
Se há sintomas do TDAH e queixas em intensidade elevada, é recomendado procurar um especialista para o diagnóstico diferencial. Este deve incluir uma entrevista bastante longa e detalhada sobre o desenvolvimento infantil, resultados escolares, relacionamentos, conquistas e vida profissional (para adultos), equilíbrio emocional, entre outras. A depender do caso, da complexidade dos sintomas e de suspeitas sobre outros transtornos ou co-morbidades, o especialista pode solicitar um psicodiagnóstico mais completo, com aplicação de testes específicos para avaliação cognitiva, comportamental, emocional e aprendizagem.

Há cura para TDAH? 

O TDAH não tem cura, no sentido formal - ou seja, a eliminação total do problema. Apesar disto, muitos dos sintomas podem ser reduzidos ou controlados com os tratamentos apropriados.

Há prevenção para TDAH? 

O TDAH não pode ser prevenido nem curado. Apesar disto, o diagnóstico precoce e um plano de tratamento amplo e cuidadoso pode auxiliar muito no TDAH infantil. No TDAH adulto, o foco está normalmente relacionado à questões profissionais. Pessoas que sofrem com o TDAH podem se fortalecer, aprender a controlar o foco da atenção, reduzir os comportamentos prejudiciais, tornando-se assim produtivas e bem sucedidas.

Fonte: IPDA - Instituto Paulista de Déficit de Atenção

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Segundo a OMS, 17 milhões de brasileiros sofrem de depressão!!!!

Boa tarde!!!! Quer saber um pouco mais sobre depressão???? Vejam este estudo.... Boa leitura!!!!!!


Você sabia que a depressão, doença que causa sintomas físicos e emocionais, e é caracterizada principalmente pela falta de interesse em atividades cotidianas, é a causa de inúmeros afastamentos no trabalho?

Uma pesquisa encomendada pela Federação Mundial para Saúde Mental avaliou 377 adultos diagnosticados com depressão e 756 médicos (clínicos gerais e psiquiatras) do Brasil, Canadá, México, Alemanha e França. O estudo revelou que 64% das pessoas deprimidas relataram ausência no trabalho (uma média de 19 dias perdidos por ano) e 80% disseram ter a produtividade reduzida em cerca de 26%.
Segundo o psiquiatra professor da Unifesp, Dr. Acioly Lacerda, em longo prazo, sem dúvidas, quadros de depressão não tratados podem resultar no afastamento das atividades, elevando o absenteísmo nas empresas, ou até mesmo em demissão, já que a baixa produtividade e o desinteresse pela rotina podem afetar a avaliação da empresa sobre o funcionário. "Por isso é muito importante reconhecer os sintomas, buscar ajuda médica e seguir corretamente o tratamento indicado pelo especialista. A falta de tratamento compromete a vida social e profissional do paciente", completa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que até 2020 a depressão passará da 4ª para a 2ª colocada entre as principais causas de incapacidade para o trabalho no mundo. No mundo, estima-se que 121 milhões de pessoas sofram com a depressão - 17 milhões delas somente no Brasil e, segundo dados da OMS, 75% dessas pessoas nunca receberam um tratamento adequado.

Ambiente do trabalho pode contribuir

Competitividade, situações de estresse, jornadas de trabalho muito longas e a busca inconstante por melhores resultados e desempenho. Todas essas situações configuram um cenário oportuno para o desencadeamento de um quadro depressivo, pois o indivíduo fica exposto a situações estressantes, se cobra mais por metas não atingidas, além da perda na qualidade de vida.
As atribuições do cargo também devem ser consideradas um fator de risco para doença, principalmente para as pessoas com predisposição genética. "Um executivo, por exemplo, que não gosta de falar em público, porque se sente desconfortável e ansioso, mas precisa fazer apresentações a grupos ou dar palestras pode ser forte candidato a torna-se depressivo. Isso porque o indivíduo fica exposto a situações repetitivas de estresse psicológico", afirma.

Principais sintomas da depressão

emocionais: tristeza, perda de interesse, ansiedade, angústia, desesperança, estresse, culpa, ideação suicida;
físicos: baixa energia, alterações no sono, dores inexplicáveis pelo corpo (sem causa clínica definida), dor de cabeça, dor no estomago, alterações no apetite, alterações gastrintestinais, alterações psicomotoras, entre outras.
"Para o indivíduo ser diagnosticado como deprimido, deve reunir pelo menos cinco dos sintomas acima, sendo que um deles tem que ser tristeza ou perda do interesse em atividades antes prazerosas, com duração mínima de duas semanas", comenta.

Tratamento

O objetivo central do tratamento da depressão é a remissão (melhora completa da sintomatologia depressiva). Como grande parte das doenças, há sempre um risco de, mesmo tratado corretamente, o paciente apresentar recaída no futuro (cerca de 80% das pessoas que apresentaram um episódio depressivo devem apresentar um ou mais episódios adicionais). A depressão, portanto é, na maioria das vezes, uma doença crônica, assim como diabetes e hipertensão. Quando tratada adequadamente, o paciente leva uma vida absolutamente normal.
"A pratica clínica mostra que a depressão, muitas vezes (cerca 2/3 pacientes), se manifesta emocionalmente e fisicamente no paciente, causando diversas dores e incômodos", explica o psiquiatra. Hoje, já existem tratamentos que combatem ao mesmo tempo essas duas classes de sintomas, com perfil de tolerabilidade, aspecto importante para uma medicação que geralmente necessita ser utilizada por períodos longos.

Causa da doença ainda é desconhecida

A causa da doença ainda é desconhecida, mas uma das teorias mais aceitas é que a depressão é consequência de uma disfunção no sistema nervoso central, que diminui e desequilibra as concentrações de dois neurotransmissores (a serotonina e a noradrenalina). Esses neurotransmissores são responsáveis pelo aparecimento dos sintomas físicos e emocionais da depressão.
Apesar do difícil diagnóstico e da gravidade da doença, existem tratamentos eficazes atualmente. Os mais comuns envolvem psicoterapia e medicamentos e, para que haja o desaparecimento completo dos sintomas.
É importante ressaltar, porém, que não se deve usar nenhum medicamento sem prescrição e rigoroso acompanhamento médico. Os pacientes com depressão devem também ser encorajados a modificar seus hábitos diários: realizar atividades físicas regulares, manter um período satisfatório de sono diário, ter uma boa alimentação e evitar o uso de substâncias como anorexígenos, álcool e tabaco.

Fonte: Sissaude

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Estudo mostra cicatrizes psicológicas do câncer...


Olá Galera... Já faz um tempo que não compartilho informações com vocês aqui no blog... Achei esta reportagem da folha.com interessante... então boa leitura!!!!!

"Um diagnóstico de câncer é capaz de deixar cicatrizes psicológicas tão profundas quanto as infligidas pelo envolvimento numa guerra. É o que indica uma nova pesquisa feita com pacientes.
Mais de uma década depois de terem recebido a notícia do diagnóstico, quatro em cada dez sobreviventes relatam sintomas como excesso de tensão permanente, pensamentos perturbadores sobre o câncer ou enfraquecimento dos laços emocionais com amigos e parentes.
São características que se encaixam na definição de síndrome do estresse pós-traumático, problema psiquiátrico que normalmente afeta veteranos de guerra.
Segundo Sophia Smith, pesquisadora do Duke Cancer Institute, na Carolina do Norte (EUA), é concebível que o trauma atrapalhe o prosseguimento da terapia.
"Ficamos preocupados com a possibilidade de o paciente evitar os cuidados médicos e pular os retornos no consultório", diz. "Não temos dados que demonstrem isso, mas é uma preocupação constante para nós", afirma a autora do estudo."

Fonte: Folha.com
Link: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/990174-estudo-mostra-cicatrizes-psicologicas-do-cancer.shtml

segunda-feira, 6 de junho de 2011

“Por causa do bullying, comecei a me auto-mutilar”

Olá! Foi publicado hoje no blog da revista capricho uma pequena entrevista que eu dei sobre bullying e auto-mutilação. Segue o link: http://capricho.abril.com.br/blogs/diganaoaobullying/por-causa-do-bullying-comecei-a-me-auto-mutilar/
A entrevista foi editada e algumas informações que eu julgo importante acabaram não sendo publicadas. Então vou aproveitar o espaço do meu blog para divulgar. Boa leitura!!!

As vitímas de bullying estão expostas a um ambiente aversivo, onde vivênciam complicações físicas e emocionais, que quando não tratadas de imediato podem levar a depressões mais graves, acarretando, por exemplo, em comportamentos de automutilação. Além disso, pode desencadear uma série de conseqüências as vítimas, deixando marcas, pois afeta sua auto-estima, compromete suas relações sociais, seu desenvolvimento, prejudica em sua aprendizagem, apresenta complicações psicológicas que muitas vezes ocasionam traumas. Muitas vítimas tentam ocultar o ocorrido, não contando aos seus pais por se sentirem humilhados, isso acaba agravando o problema dificultando a sua resolução. É necessário acompanhamento psiquiátrico e psicológico, pois os medicamentos vão aliviar os sintomas e as dores físicas e a psicologia vai tentar elucidar suas causas, ou seja, vai cuidar para que esta vítima compreenda o que esta acontecendo, fazendo ela se apropriar de seu problema, reconstruindo sua auto-estima e inserindo-a novamente no contexto social, possibilitando assim que ela encontre novas formas de existir. Gostaria de acrescentar que é essencial promover a conscientização de pais, professores, alunos e todos os que assistem a esse tipo de prática que tanto mal causam as pessoas.  Ensinar o respeito pela diversidade é promover a saúde mental e física de todos.
O bullying prejudica quem sofre, quem assiste e até aquele que pratica. Eu sou totalmente contra e a revista CAPRICHO também.  Acesse o site, veja esta e outras histórias, e aproveite para comentar, refletir e nos ajudar a acabar com ele!

Fabiana Pires (CRP - 06/104835)

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